"Não se culpe nem se poupe, deite-se,vire-se música,Deite-se,vire-se,Deite-se, vire-se música,Deixe-se musicar"

terça-feira, 25 de setembro de 2007

"Suas noites são de gala,nosso samba ainda é na rua..."

Com uma vasta programação que mistura artes plásticas, teatro, dança e música, o Circuito Cultural Banco do Brasil traz a Belém hoje um dos shows mais esperados do ano, o da cantora Mônica Salmaso e Grupo Pau Brasil. Na bagagem, canções do compositor Chico “Gênio” Buarque de Hollanda.
Mônica Salmaso mostrará ao público paraense um repertório baseado no seu mais novo CD, intitulado “Noites de Gala, Samba na Rua”, no qual ela homenageia Chico com interpretações primorosas.
Vale a pena conferir!





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Serviço: Circuito Cultura Banco do Brasil apresenta:
Mônica Salmaso e Grupo Pau Brasil
Dias 25 e 26 de setembro às 21h
Teatro Maria Sylvia Nunes – Estação das Docas



Ingressos: R$15
Tel: 3212 - 5525

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Aqui jaz...

Há algum tempo os discos de vinil saíram das prateleiras das lojas para as estantes empoeiradas das casas. Aos poucos o famoso bolachão foi dando lugar ao Compact Disc - CD, que se tornou o mais popular meio de armazenamento de dados digitais.

O surgimento do disco compacto proporcionou ao mercado de mídias de armazenamento maior capacidade de gravação, durabilidade e a tão desejada retirada dos ruídos sonoros, que incomodavam aos ouvidos e tiravam a qualidade do áudio gravado em estúdio.

O reinado do CD, que começou no início da década de 90, tirando o Long Play do palácio das media de registro, seria abalado no século XXI com os avanços tecnológicos e com o advento de novas mídias? Quais foram as conseqüências da banalização dos discos compactos e dos gravadores de CD’s?

A banalização do CD e conseqüentemente dos reprodutores dessa mídia, possibilitaram a qualquer utilizador de PC a reprodução em série de CD’s, com a ajuda de programas e outros dispositivos de backup.

Tais questionamentos me conduziram ao tema central da minha pesquisa científica, que trata, em linhas gerais, da Indústria Fonográfica na ‘Era MP’ (termo criado por mim e pelo meu parceiro de trabalho) e de como as novas tecnologias afetam os formatos tradicionais de circulação e consumo da música.

Muito se fala sobre a morte do álbum.Falácia? Ainda não se sabe ao certo, mas como disse Júlio Daio Borges, “eu não sei quantos obituários eu já li recentemente sobre a morte do CD”.

O fato é que várias mídias foram sendo substituídas ao longo do tempo, como o disco de goma-laca, 78 rotações, cassete, LP, entre outros. Sim, e agora é a vez do soberano CD jogar a toalha e passar a coroa à Era MP. A Era MP trouxe os “Portable Media Player” à crista da moda.

Mas isso definitivamente atesta a morte do álbum? Segundo Danilo Fraga, a idéia de álbum remete ao conjunto das canções, da parte gráfica, das letras, da ficha técnica e dos agradecimentos lançados por um determinado intérprete com um título, uma espécie de obra fonográfica.

Sinceramente, na minha humilde opinião, não creio que isso tenha saído de moda e tão pouco terminado. Há aqueles que ainda valorizam a concepção e o trabalho artístico desenvolvido em torno da obra fonográfica, em contra-senso com os ciberouvintes da “música descartável”, que preferem ”baixar” e gravar músicas em pequenos dispositivos de armazenamento e deletar na semana seguinte, para que outras tantas sejam novamente gravadas e também descartadas, como num passe de mágica, só que tecnológico.

O mito ainda ronda o mundo da Indústria Fonográfica, e as conseqüências de fato são avassaladoras para o mercado: pirataria desmedida, direitos autorais violados e mudanças bruscas nas práticas de consumo.

Não sabemos quem de fato dará o golpe fatal e se ele de fato existirá. Será que ele está próximo?

As dúvidas são muitas, mas a verdade é que não tão cedo ouviremos o suspiro final.

Links:
Danilo Fraga Dantas - MP3,a morte do álbum e o sonho de liberdade da canção?
Júlio Daio Borges - Pra mim e pra você o CD teve vida curta

domingo, 23 de setembro de 2007

Por dentro da noite prata


“A noite está estrelada, e tiritam, azuis, os astros lá longe...O vento da noite gira no céu e canta”. Lembrei-me exatamente desse trecho do poema de Neruda, ao ouvir a voz brilhante de Dayse Addario no show “Por dentro da noite prata”, que aconteceu no dia 30 de maio deste ano. Não pela temática poética utilizada tanto nas palavras de Pablo quanto no cenário do espetáculo, mas pela tão sublime sensação daquelas melodias, que me fizeram sair do teatro e entrar em um outro mundo. Um mundo prata, dourado, furta-cor, que se abria na minha frente, simultâneo aos inúmeros feixes de luz. E lá no centro de tudo, o talento incontestável de uma intérprete, no auge dos seus 20 anos de carreira, vivendo a maturidade dos seus 20 anos blues...
Dayse convidou a platéia para cantar com ela naquela noite prata e foi exatamente isso que conseguiu. Um público encantado, ao simples abrir da cortina e surpreso com aquela figura radiante que surgia de trás dos prédios enegrecidos, caminhando numa rua de paralelepípedos e acompanhada por doze músicos que formavam uma verdadeira orquestra jazzística.
Não podia deixar de fazer o registro desse show aqui no blog, não como produtora do espetáculo, mas como fã, no sentido mais puro da palavra. Tive a honra de participar da concepção do espetáculo, mas nada me deixou tão feliz como o fato de esquecer tudo, por um breve instante, e me sentir a mais encantada das tietes.
Ainda neste semestre teremos a reapresentação do espetáculo e o lançamento do CD homônimo.
Fica aqui a dica para os amantes do bom e velho jazz, misturado ao nosso conhecido tempero amazônico.

Um,dois,três...testando!

Bem, amigos, este é meu blog. Aqui somente assuntos relacionados à produção, divulgação e circulação musical.
Espero que vocês gostem.
Até breve.