"Não se culpe nem se poupe, deite-se,vire-se música,Deite-se,vire-se,Deite-se, vire-se música,Deixe-se musicar"

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

A verdadeira história de Leila Chavantes em DVD

Amigos, fãs e artistas se reuniram ontem no lançamento do DVD que conta a verdadeira história de Leila Chavantes.Se ela estivesse entre nós, teria feito 56 anos.

O DVD traz o último show da carreira da cantora, intitulado Dupla face, gravado no Teatro da Paz em 2006, ao lado do pianista Tynnôko Costa. Além de depoimentos de músicos que dividiram os palcos com Leila e uma retrospectiva da vida da artista, desde a infância.

Cantora, médica, escorpiana, paraense de coração, mulher, filha, esposa, Leila não era só admirada pela voz brilhante (com um timbre grave de arrepiar), mas também querida por todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. E eu tive o prazer de conhecer o talento de Leila Chavantes.

Não gosto da idéia de ausência, prefiro acreditar que perdemos Leila de vista, por alguns instantes, mas que cedo ou tarde ela estará entre nós, de preferência cantando um bolero.


“E então eu cantaria
A noite inteira
Como já cantei, cantarei
As coisas todas que já tive
Tenho e sei, um dia terei...
A fé no que virá
E a alegria de poder
Olha pra trás
E ver que voltaria com você
De novo, viver
Nesse imenso salão...
Ao som desse bolero
Vida, vamos nós
E não estamos sós
Veja, meu bem
A orquestra nos espera
Por favor!
Mais uma vez, recomeçar...”



Para ouvir:


terça-feira, 23 de outubro de 2007

Pixinguinha traz Zé Renato e Mariana Leporace a Belém


O Projeto Pixinguinha traz aos palcos de Belém, nesta terça-feira (23), o cantor e compositor Zé Renato e a cantora Mariana Leporace.Os shows, que acontecerão no Teatro Maria Sylvia Nunes e no Memorial dos Povos, vão compor a extensa programação comemorativa dos 30 anos do projeto itinerário, que pretende levar, para todo o Brasil, as caravanas com artistas selecionados por edital e músicos convidados. Dentre eles, Yamandú Costa, Ivan Lins, Guinga, Mônica Salmaso, Rita Ribeiro, Moska, João Bosco, Monarco, Carmélia Alves, Elomar, Cida Moreira, Eduardo Dussek, Selma Reis e Borghettinho.


Zé Renato - O cantor e compositor inicou sua carreira no grupo Boca Livre, lançando-se no mercado solo somente em 1982, com o disco Fonte de Vida. Entre os trabalhos autorais estão Cabô (1999), com sambas em parceria com Lenine, Pedro Luis e Elton Medeiros, entre outros; Minha Praia, com inéditas em parceria com Arnaldo Antunes, Paulo César Pinheiro e Capinam, entre outros – que lhe rendeu o Prêmio Rival BR de Música na categoria de Melhor Cantor.

Em 2006, realizou o projeto infantil Forró pras Crianças, que recebeu Prêmio Tim 2007 de Melhor CD Infantil e está indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum Infantil. Recentemente, lançou seu primeiro DVD Zé Renato Ao Vivo (Biscoito Fino), gravado ao vivo na casa de shows carioca Estrela da Lapa, com participação de Milton Nascimento, Boca Livre e do saxofonista Zé Nogueira. No repertório, parcerias com Pedro Luís (Luz da Nobreza), Milton (Ânima) e Teresa Cristina (Delicada) e versões que vão de Zé Kéti (Diz que Fui por Aí) aos ingleses do Police (Roxanne).


Mariana Leporace - Nos palcos desde o final da década de 80, Marianna Leporace passeia com desenvoltura pela chamada ‘MPB convencional’, assim como pelas nuances do samba e jazz.

Em abril último lançou o elogiado CD Marianna Leporace Canta Baden Powel, que homenageia os 70 anos que o compositor faria em agosto de 2007, com participação dos filhos de Baden, Philippe Baden (piano) e Marcel Powell (violão). Feito originalmente para o mercado japonês, o álbum teve resultado tão cuidadoso que ganhou também edição brasileira, pelo selo Mills Records. .

Em sua discografia, que conta com sete álbuns, destacam-se São Bonitas as Canções, com a pianista Sheila Zagury, em que registra as parcerias para teatro de Chico Buarque e Edu Lobo (2000 – Independente) e Pop Acústico, uma série de três CDs com canções do universo pop/rock anglo-americano (Deckdisc).

De formação lírica e popular, começou a cantar ao lado do irmão Fernando tocando em bares do Rio e fez parte de inúmeros grupos vocais. Estreou no mercado fonográfico japonês com o disco As Filhas da Bossa, dividido com a filha de Carlos Lyra, Kay Lira, e Ana Martins, filha da compositora e cantora Joyce.

O repertório do show atual baseia-se nas parcerias de Baden e Vinicius de Moraes, como Samba da Benção, Berimbau, Consolação, entre outras.

Serviço: Projeto Pixinguinha 2007 - Caravana de outubro. Terça e quarta-feira, 23 e 24 de outubro – 20h. Dia 23 – Teatro Maria Sylvia Nunes (Estação das Docas), Ingressos: R$ 5,00 e R$ 2,50 (estudantes e idosos). Dia 24 – Memorial dos Povos, Entrada franca.




Fonte: O Liberal

domingo, 21 de outubro de 2007

CD Olívia Byington


Álbum: Olívia Byington
Selo: Biscoito Fino
Ano:2007
Preço médio: R$ 30
Títulos do álbum:
1 - Areias do Leblon
2 - Guarda a minha alma
3 - Na ponta dos pés (part. especial Seu Jorge)
4 - Balada do avesso
5 - Por dentro das canções
6 - Mãe Quelé
7 - Todo par
8 - Eu nunca fui à Bahia
9 - O mar é minha hora
10 - Clarão
11 - Até Lisboa
12 - Sapatilhas de ponta

sábado, 20 de outubro de 2007

Mais Clara,Mais Crua - Olívia Byington

A casa de Olívia





Ontem eu estive na casa da Olívia. Sim, isso mesmo, Olívia Byington.

Quando entrei no Teatro Margarida Schivasappa, disse a um amigo: “Parece que estou entrando na casa dela”.Olívia estava lá, no palco, ou melhor, na sua pequena sala de estar, recebendo convidados e amigos.

E como era a primeira vez que eu a visitava, sentei-me na poltrona e fiquei observando a mobília, a coleção de livros empilhados no chão, a pequena imagem de Nossa Senhora de Nazaré e no meio da modesta e pitoresca decoração, um moderno lap top, que ela usava para colocar a música ambiente da festinha particular que ali começava.

Olívia Byington fez um show intimista, no qual a platéia mais parecia uma roda de amigos pessoais que se encontram para bater-papo, contar histórias engraçadas do cotidiano e ouvir boa música. A cortina de retalhos com tecidos de texturas variadas e as velas coloridas exalando um leve perfume que tomava conta de todo o teatro, deram o tom e a sutileza do espetáculo.

Olívia não chama atenção só pela beleza física, mas principalmente pela voz absolutamente afinada, limpa, aguda, com os trinados de uma soprano ligeiro, resquícios do canto lírico, que ela abandonou ainda na adolescência para se entregar às volúpias da música popular.

O show “Cada um, cada um”, apresentado quinta e sexta-feira em Belém, teve realmente um repertório escolhido a dedo, com músicas representativas da carreira de intérprete de Olívia Byington como Mais Clara, Mais Crua, outras que mostravam o incontestável talento de compositora como Lady Jane, em parceria com Geraldo Carneiro e Clarão, de Olívia e Cacaso, e ainda canções divertidas e cômicas como Menina Fricote, de Marília e Henrique Batista e Uva de Caminhão, de Assis Valente(chamado "carinhosamente" de Tati Quebra-barraco dos anos 30 pela cantora), além de um texto inteligente, frouxo, bem humorado, que deixava evidente as habilidades de atriz (ela poderia seguir perfeitamente a carreira da irmã).

Por falar em atriz, Olívia disse que sentiu medo, insegurança ao montar o show, por se tratar de um espetáculo no qual passa quase uma hora e meia, sozinha no palco, o que, segundo ela, poderia ser comparado aos monólogos teatrais.

Discordando dela, devo dizer que não se tratou em nenhum momento de um monólogo, mas sim de um longo e prazeroso diálogo: Ela falava e o público respondia com gestos, aplausos, olhares, sensações, risadas, sussurros e até gritos dos mais empolgados. O público falava...e ela respondia com sua música.



Para ouvir: Olívia Byington - MySpace

sábado, 13 de outubro de 2007

A Fé que nos protege

Círios
(Marco Aurélio e Vital Lima)

Meu filho, vês aquela claridade?
É a cidade na escuridão...
O barco singra as águas
E pulsa feito um coração
Cheio de alegria,bálsamo,benção.
O Círio de Nazaré,
Tu verás, será, menino,
Algo pra não se esquecer,
Pra colar no teu caminho
Feito o som de uma viola
Que te fez chorar baixinho...
Quando vires a Senhora
Ficarás pequenininho
Diante do mistério que há
Nessa nossa vida humana,
Vais crescer mais que o luar,
Vais voar mais que as semanas,
Vais sorrir pro revelado,
Fruto da emoção na boca
De que tudo é amarrado
E o mundo é um, é oca.
Menino acorda e vem olhar
O sol não tarda em levantar
Vem ver Belém
Que começa a despertar.
Outros outubros tu verás
(e outubros guardam histórias),
Ver o peso
Quando for a hora.



Feliz Círio!!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Alba Maria é inaugural



Recentemente li uma matéria na qual o autor falava sobre cantoras inaugurais e simulacros. Achei o texto muito interessante, com algumas ressalvas, é claro.
Ao destacar aquilo que para ele seriam (são) imitações mal acabadas de algumas cantoras, deu uma definição para o que podemos chamar de cantoras inaugurais:



Ao ler esse pequeno trecho, porém muito bem pensado, lembrei-me de imediato da cantora paraense Alba Maria. Que ela está no rol das melhores cantoras do nosso país, eu já sabia, mas tive plena convicção de que Alba Maria é, sem dúvida, uma cantora inaugural, daquelas que são raras, que nem imitam e nem se permitem imitar.

Não seria imprudente, porém, dizer que Alba Maria se transforma em várias e ao mesmo tempo dá voz a cada uma de suas influências, ora Elis Regina, ora Gal Costa, ora Clara Nunes. Até mesmo as tantas mulheres de Chico Buarque passeiam livremente pelo seu cantar.

Mas ela não é simulacro de ninguém, tampouco uma imitação barata com rasuras.Mesmo vivendo num mundo-cópia, Alba Maria consegue ser diferente, única.

Seria impossível resumir o talento dessa maravilhosa intérprete em parcas linhas, e nem poderia ousar fazê-lo. Mas quem conhece sabe exatamente do que estou falando: da voz marcante, da entrega, da sensualidade...

Querem entender melhor? Ouçam Alba Maria! Melhor que isso, ouçam e assistam, se possível. Um deleite para os olhos e para os ouvidos mais exigentes.

Agenda:

Quinta-feira

Alba Maria e Floriano

Bar bodega (Quintino Bocaiúva,entre Conselheiro e Gentil) - 23h

Todos os Sábados de outubro (inclusive na véspera do Círio)

Alba Maria,Floriano (violão) e Márcio Jardim (percussão)

Bar Café Imaginário (Quintino esquina com Boaventura) - 23h

Para ouvir: http://www.myspace.com/albamaria75